sábado, 12 de outubro de 2013

TRIX QUENTINHO, SAINDO DO FORNO!

Há dias eu postei um projeto que estava desenvolvendo, para unir numa única peça três pedais diferentes: um delay, um booster e um overdrive. Não foi ideia minha. Foi um pedido feito por um cliente meu muito especial, o guitarrista Léo Tavares, da banda harmônica, que também é luthier e professor de música (ele é músico mesmo, graduado na UFRJ, e dá aulas de guitarra, violão e baixo). Ele já tinha um delay que eu fiz (um Pusslay, baseado no Rebote 2.5) e um overdrive (o Serena, baseado no DOD Malmsteen 308) e gosta muito dos dois, usando em seus shows e gravações. Acrescentei o BUSTO, um booster baseado no EPB, adaptado para dois controles.

Só que ele gosta de coisas práticas e me perguntou se não teria como unir os pedais numa única caixa, de modo que ele só precisasse carregar uma peça quando fosse pro estúdio. Além disso, queria que o Pusslay tivesse apenas o controle de Level disponível, deixando o Repeat e o Speed internos, assim ele timbraria uma única vez. Praticidade é tudo.

Feito o desafio, parti para a execução e hoje eu terminei. Até eu me surpreendi de como ficou legal. Não teve nenhuma alteração nos timbres originais de cada pedal, os true-by-passes funcionaram muito bem. Enfim, ficou muito bacana. O Leo ainda não viu, mas tenho certeza que vai gostar. E aqui vão as fotos da belezinha em primeira mão.

Ah, a arte eu mantive a que tinha no Pusslay dele, que é uma série de fotos de xanas. Não é uma ideia tão original assim, pois se baseou numa obra de arte (escultura) que fez muito sucesso nas galerias do mundo inteiro no ano passado. Não me lembro agora do nome do artista. Mas ele fez moldes de mais de 400 bucetas de voluntárias anônimas para compor vários painéis em gesso. Ficou muito legal e eu resolvi aproveitar a ideia pro delay. Só que em vez de usar a imagem da obra dele, fiz eu mesmo uma imagem de várias vaginas em preto-e-branco, para representar o delay. Afinal, o delay nada mais é que um pedal de repetições, e as repetições de várias fotos de bucetas tem tudo a ver com ele. "- E por que bucetas?", perguntarão os mais puritanos. Ora, porque é muito mais legal do que fotos de bananas, laptops ou carrinhos de rolimãs...

Com vocês, o TRIX!



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

SUHR RIOT, PERDI A PACIÊNCIA COM O TAL DO LED AZUL. RADICALIZEI! AGORA TÔ FELIZ.

Há um tempo eu montei o projeto do UPROAR 2, da Madbean, que é baseado no Suhr Riot. Cheguei a comparar o resultado com o pedal original de um amigo meu, e conseguimos um timbre bastante parecido, só que para isso os botões não ficavam nas mesma posições, entendeu? Por exemplo, para obter o timbre do Suhr Riot original, com os três botões nas posições de 12 horas, o UPROAR tinha que estar com o volume em 3 horas, o tone em duas e ganho em uma hora (claro que estou chutando agora, pois não me lembro exatamente das posições). O fato é que chegávamos a equilibrar os sons produzidos pelos dois, mas não era exatamente a mesma coisa.

Internamente uma coisa me incomodava: a clipagem que o UPROAR se propunha a clonar, feita com um Led Azul, era estranha. O led nunca piscava quando acionado e o som não tinha muita diferença. Tá certo que ninguém até hoje conseguiu fazer um clone exato do Riot, porque a Suhr não revela seus segredos, e ele é construído usandoo uma placa sanduíche, o que impossibilita fazer uma cópia do projeto. Tampouco o esquemático está disponível. O que se sabe desse pedal é basicamente o que está visível na placa, como por exemplo, que ele usa os CIs 4580; que ele usa diodos de 51V, e outras coisinhas.

Daí há muitas discussões, principalmente apostando que o segredo do led azul piscante está justamente no uso dos diodos zener de 51V (ou 51Y) e de uma chave de alavanca para selecionar as clipagens do tipo DPDT on-on-on. No caso do projeto do UPROAR os diodos zener são os genéricos 1N914 e a chave de alavanca é do tipo SPDT on-off-on. Porém há os céticos que dizem que se o circuito é todo de 9V que sentido teria usar um diodo zener de 51V (lembrando que a função desse componente é regular o limite de passagem da tensão). Ou seja, se ele opera limitando a passagem a 51V e a tensão do circuito nunca poderia ser maior do que 9V (que é a tensão fornecida pela fonte ou pela bateria), simplesmente sua função é irrelevante. Parece óbvio, e eu também tenho essa mesma questão na minha cabeça. No entanto outra minhoca fica azucrinando minhas ideias: Porra, será que um fabricante conceituado como a Suhr não sabe disso? Não é óbvio para ela? Só eu sou tão inteligente a ponto de ter reparado nisso? Pra mim a resposta é não. Deve ter alguma coisa que a Suhr descobriu e que não conta pra gente. Esse tal diodo tem alguma relevância, e nós é que não conseguimos saber qual é.
De tanto fuçar na internet, procurando um reles esquema original da Suhr, acabei me deparando com um blog de um japa, que postou um projeto que (acho) ele desenvolveu para o Riot, usando todos os componentes originais, inclusive a tal chave DPDT de seis polos on-on-on, o led azul e os zener de 51V.
Claro que me senti tentado - por que não dizer, desafiado - a montar o filho da puta e ver se o maldito led piscaria e a clipagem aconteceria como no pedal original.
Mas o japinha, não sei se de sacanagem, não publicou o layout para impressão da placa, apenas um layout mostrando as peças nos seus lugares e seus respectivos códigos. Lá fui eu para o photoshop para tentar reproduzir um layout para poder fazer a corrosão de uma placa. Fiz.
Encomendei os componentes e montei o tal pedal. E o bendito funcionou! De primeira! Clipou direitinho! O LED AZUL PISCOU!!! Carái, ele piscou!!!
Festa na floresta! A tribo feliz, e já apareceu um amigo que quer levar o pedal. Claro que vou vender pra ele. Depois faço outro pra mim. Esse nem esquentou a pedaleira e já vai embora... Chuif...



O SR1319 com cara nova, na última versão que foi montada. A nova cor é uma referência ao pedal original que inspirou o 19,