sábado, 9 de junho de 2012

IMÓVEIS NANICOS, ELETRODOMÉSTICOS GIGANTES.





Uma coisa me chama a atenção. Nos grandes centros as construtoras estão cada vez mais investindo em plantas de apartamentos que privilegiam os espaços de varandas e "comem" o máximo possível das salas, quartos e, principalmente banheiros, cozinhas e áreas de serviço. Aliás, cozinha e área de serviço são tudo uma coisa só. Ou melhor, a área de serviço é um canto da cozinha. E se nesta última mal cabe o mínimo necessário para uma família (pia, fogão e geladeira - nem falo em armário...), na primeira só existe um tanque, espremido entre uma janela e uma meia-divisória de mármore. Tá ok. tem que maximizar o espaço disponível de terreno pra poder caber mais gente por metro quadrado e blá, blá, blá.
Só queria entender o seguinte: se não há espaço pra nada nestes apartamentos (sempre apregoados como de altíssimo luxo e conforto) por que cargas dágua os fabricantes de máquinas de lavar a cada dia lançam novos produtos sempre maiores e que não entram em lugar nenhum? Só se encontram máquinas com capacidade para 10, 12 quilos de roupa, que são imensas. Eu mesmo sou um que adoraria uma máquina (sem essa de "tanquinho elétrico") que lavasse três quilinhos, que fosse automática, que centrifugasse e que fosse bem pequenininha, de modo a "encaixar" no micro espaço do meu apê. Cadê? Não tem. Pombas! Se os imóveis são "tipo pequeno", por que os eletrodomésticos são "tipo grande"? Até as famílias estão ficando reduzidas, sem aquela filharada enorme do tempo dos nossos avós. Pra que máquinas de lavar tão grandes? Abaixo os gigantes brancos! Eu quero uma máquina de 3 quilos!!!